domingo, 12 de junho de 2022

DIANTE DO PORVIR

 

Companheiros da Terra, arrebentando amarras,
 Desde os ciclos larvais no seio das moneras,
 Às duras provações em que sonhas e esperas.
 Homem, prossegue além do solo em que te agarras...

 Liberta-te, por fim, das paredes bizarras,
 Dos presídios mentais em que te dilaceras,
 E, atônito, atravessa as sombras de outras eras,
 Dissolvendo os grilhões das lutas em que esbarras...

 A matéria a vencer – força que te constringe –
Recorda a indagação e a face de outra esfinge
 Propondo-te à razão enígmas profundos.

 Ama e deixa aos museus as máquinas da guerra,
 E alçado às vastidões sem vínculos na Terra,
 Acharás o esplendor e a vida de outros mundos!...

Cruz e Souza

Sem comentários:

Enviar um comentário