segunda-feira, 29 de novembro de 2021

SALADA ARCO - ÍRIS

Palavras para quê?

A imagem diz tudo... em jeito de despedida do feijão verde saiu esta salada de feijões que bem temperada e mais umas coisitas fizeram a diferença...

O tempero foi o de sempre: alho amassado + azeite + sumo de limão e um bom ramo de coentros picados.

Pode acompanhar o que quiser. Eu comi mesmo assim com umas azeitonas... supimpa..

Outra segunda sem carne com sucesso...

 

domingo, 28 de novembro de 2021

CORRECTA VISÃO DA VIDA


Quando a criatura se resolve por diluir o véu da ignorância, que encobre a realidade da vida espiritual, começa a libertar-se da mais grave cegueira, que é a propiciada pela vontade.
 Cegos não são apenas aqueles que deixaram de enxergar; senão todos quantos se recusam a ver, sendo piores os que fogem das evidências a fim de permanecerem na escuridão.
 A vida, por sua própria gênese, é de origem metafísica, possuindo as raízes poderosamente fincadas no mundo transcendental, que é o causal. Expressando-se na condensação da energia, que se apresenta em forma objetiva, não perde o seu caráter espiritual; elo contrário, vitaliza-se por seu intermédio.
 Quando a consciência acorda e as interrogações surgem, aguardando respostas, as contingências do prazer fugaz e sem sentido cedem lugar a necessidades legítimas, que são as responsáveis pela estruturação do ser profundo, portanto, imortal.
 Simultaneamente, os valores éticos se alteram, surgindo novos conceitos e aspirações em favor dos bens duradouros, que são indestrutíveis, e passíveis de incessantes transformações para melhor, na criatura.
 Desperta-se-lhe então a responsabilidade, e a visão otimista do progresso assenhoreia-se de sua mente, estimulando-a a crescer sem cessar. A sensibilidade se lhe aprimora e seu campo de emoções alarga-se, enriquecendo-se de sentimentos nobres, que superam as antigas manifestações inferiores, tais o azedume, a raiva, o ressentimento, a amargura, a insatisfação...
 Porque suas metas são mediatas, a confiança aumenta em torno da Divindade e as realizações fazem-se primorosas, conquistando sabedoria e amor, de que se exorna a fim de sentir-se feliz.
 Quando a criatura se encontra com a realidade espiritual, toda uma revolução se lhe opera no mundo interior.
 Dulcifica-se o seu modo de ser e torna-se afável.
 Tranqüiliza-se ante quaisquer acontecimentos, mesmo os mais desgastantes, porque sabe das causalidades que elucidam todos os efeitos.
 Nunca desanima, porque suas realizações não aguardam apoio ou recompensas imediatas.
 Identifica no serviço do bem os instrumentos para conseguir a perfeita afinidade com o amor, e doa-se.
 Na meditação em torno dos desafios existenciais ilumina-se, crescendo interiormente, sem perigo de retrocesso ou parada.
 Descobre no século os motivos próprios para a evolução e enfrenta-os com alegria, dando-se conta que viver, no mundo, é aprender sempre, utilizando com propriedade cada minuto e acontecimento do cotidiano.
 Usa as bênçãos da vida, porém, não abusa, de cada experiência retirando lições que incorpora às aquisições permanentes.
 Acalma as ansiedades do sentimento, por compreender que tudo tem seu momento próprio para acontece; e somente sucede aquilo que se encontra incurso no processo da evolução.
 Aprende a silenciar, eliminando palavras excessivas na conversação, e, logrando equilíbrio mental, produz o silêncio mais importante.
 Solidário em todas as circunstâncias, não se precipita, nem recua.
 Conquista a paz e torna-se irmão de todos.
 Quando a criatura compreende que se encontra na Terra em trânsito, realizando um programa que se estenderá além do corpo, na vida espiritual, realiza o auto-encontro, e, mesmo quando experimenta o fenômeno da morte, defronta a vida sem sofrer qualquer perturbação ou surpresa, mergulhando na Amorosa Consciência Cósmica.
 Certamente, pensando em tal realidade, propôs Jesus. - Busca primeiro o Reino de Deus e Sua justiça, e tudo mais te será acrescentado.
 Despertar para a vida é imperativo de urgência, que não podes desconsiderar.


Joanna de Ângelis 







sábado, 27 de novembro de 2021

AVEIAS ADORMECIDAS COM FRUTA


Apesar do frio a Aveia Adormecida tem me sabido muito bem... neste momento tenho amoras, morangos, cerejas e mirtilos congelados.

As nozes, as sementes de abóbora e as sementes de girassol, complementam nutricionalmente e, são as que eu tenho de momento disponíveis.



O iogurte é caseiro ao qual adiciono uma colher de sobremesa  de doce caseiro... por isso não adiciono açúcar, mel ou outro adoçante, mas claro que a opção é sua...

Devemos comer o que nos sabe bem, tendo em conta a nossa saúde não indo em modas... e por vezes mais económicas e saudáveis.









Aveia Adormecida

Começo sempre por colocar 4 c/sopa de flocos de Aveia no fundo de uma taça.
Coloco a fruta congelada.
Cubro com um iogurte adoçado com uma c/sobremesa de doce caseiro.
Polvilho com sementes e enfeito com a fruta que tem no interior.
Por vezes ainda coloco um pouco de canela ou cacau.


Outra Aveia Adormecida, aqui:



Obs: a Aveia Adormecida faz-se de um dia para o outro mas, eu tenho feito de manhã para consumir ao jantar e, fica muito boa




 

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

quarta-feira, 24 de novembro de 2021

FENG SHUI E AS MEMÓRIAS DAS PAREDES

 


MEMÓRIA DAS PAREDES

 

O padrão vibratório de uma casa, tem relação direta com a energia e o estado de espírito de seus moradores. Tudo o que pensamentos, fazemos, as escolhas, os sentimentos,  palavras emitidas, sejam boas ou ruins, são energias. O resultado é ambientes, pessoas e situações interferindo diretamente em nosso estado de espírito. 

     

Por isso é muito importante fazermos a limpeza energética de uma casa que compramos, onde pessoas já moraram, elas deixaram carimbadas nas suas paredes suas energias...

       

O corpo é nossa primeira morada e nossa casa, sua extensão. É ela que nos acolhe, protege e guarda nossa história. Da mesma forma que limpamos, nutrimos e cuidamos da vibração de nosso corpo, devemos estender esses cuidados e carinhos ao lar. Mais que escolher o imóvel e enfeitá-lo com móveis e objetos --muitas vezes guiados apenas por modismos ou pura praticidade-- a elaboração da atmosfera de um ambiente é importante porque reflete a personalidade de seu dono, dando pistas sobre seus gostos, estilo de vida, história e sonhos. 

     
Há quem acredite que colocando cristais, sinos de vento, fontes ou espelhos, instrumentos do Feng Shui, é possível atrair bons fluídos e equilíbrio para dentro de casa. Mas, é muito pouco, pois a personalidade de um ambiente vai além. Ela é conseguida dia após dia, não apenas com técnicas, mas com pequenos atos de carinho e com muita energia boa.   

    
Mais do que atrair bons fluídos para nosso lar, temos todas ascondições de criá-los no interior do próprio ambiente antes de usar qualquer técnica, objeto ou ritual. O conjunto de pensamentos, sentimentos, estado de espírito, condições físicas, anseios e intenções dos moradores fica impregnado no ambiente, criando o que se chama de egrégora. Você, com certeza, já esteve em uma residência ou ambiente onde sentiu um profundo bem-estar e sensação de acolhimento, independentemente da beleza, luxo ou qualquer outro fator externo. Essa atmosfera gostosa, sem dúvida, era dada principalmente pelo estado de espírito positivo de seus moradores. Infelizmente, hoje em dia, é muito mais corriqueiro entrarmos em ambientes que nos oprimem ou nos dão a sensação de falta de paz e, às vezes, até de sujeira, mesmo que a casa esteja limpa. A vontade é ir embora rapidamente, mesmo que sejamos bem tratados. 

 
O que poucos sabem é que as paredes, objetos e a atmosfera da casa têm memória e registram as energias de todos os acontecimentos e do estado de espírito de seus moradores. Por isso, quando pensar na saúde energética de sua casa, tome a iniciativa básica e vital de impregnar sua atmosfera apenas com bons pensamentos e muita fé. Evite brigas e discussões desnecessárias. Observe seu tom de voz: nada de gritos e formas agressivas de expressão. Não bata portas e tente assumir gestos harmoniosos, cuidando de seus objetos e entes queridos com carinho.  

   
Não pense mal dos outros. Pragas, nem pensar! Selecione muito bem as pessoas que vão freqüentar sua casa. Festas, brindes e comemorações alegres são bem vindas porque trazem alegria e muita energia, mas cuidado com os excessos. Nada de bebedeiras e muito menos uso de drogas, que atraem más energias. Se você nutre uma mágoa profunda ou mesmo um ódio forte por alguém, corra e procure ajuda para limpar essas energias densas de seu coração. Lembre-se que sua casa também pode estar contaminada.  
Aprenda a fazer escolhas e determine o que quer para sua vida e ambiente onde mora. Alegria, amor, paz, prosperidade, saúde, amizades, beleza já estão bons para começar, não é mesmo?! 

    
Comece a refletir como você anda vivendo em sua casa, no que anda pensando, como anda seu humor e reclamações no seu dia-a-dia. Tudo isto reflete no astral da casa e de seus moradores, e não esqueça de montar a fonte no centro de sua casa, porque ela depura as energias nocivas... 

   

abs

   

Leorena








segunda-feira, 22 de novembro de 2021

BERINGELA PANADA NO FORNO

A Beringela Panada pode ser a base de uma refeição ou como acompanhamento de uma sopinha por exemplo.

Neste caso havia Feijão Frade cozido e congelado e beterrabas no abrigo e assim saiu mais uma segunda sem carne.

O Feijão Frade gosto de o temperar e a beterraba apenas ralada e regada com sumo de limão.

Desta vez optei por fazer a beringela no forno em cima de uma folha de papel vegetal e, que nada perdeu pela mudança.

Vai encontrar como faço a beringela panada, aqui:

https://allissonecompanhia.blogspot.com/2020/11/beringela-panada.html

 


...lindas...










domingo, 21 de novembro de 2021

CORPO E ALMA

 

Cuidar do corpo e da alma, eis o dever de todo Espírito reencarnado, perante as leis divinas.

 O corpo físico, instrumento de extraordinária valia, indispensável à atuação permanente do Espírito nos mundos materiais como o nosso, de que forma deve ser encarado, sob a luz da Doutrina dos Espíritos?

 Na sua ignorância manifesta a respeito da lei natural ou divina, o homem tem negligenciado, sob muitos aspectos, as obrigações que lhe cabem no uso desse instrumento precioso, ”o filtro vivo de nossa alma”, na expressão de Emmanuel.

 Nele e com ele, o Espírito experimenta as provações, passa pelos resgates, vive alegrias e tristezas, aprende a aceitar doenças e mutilações, e com elas conviver. Aperfeiçoa-se, reeduca-se, cresce em sentimentos nobres, ou se compromete na negação e no mal.

 Trata-o ora com desprezo, abusando de suas potencialidades, ora com excesso de zelo, como se fosse simples objeto de adorno.

 No entanto, quando compreendida em seu sentido transcendente, a vida do homem na Terra, seu instrumento corporal participa mais da natureza de m empréstimo divino que propriamente de uma propriedade individual, da qual se possa dispor sem presta contas.

 Não deveria apegar-se desvairadamente a ele, compreendendo seu desgaste, seu envelhecimento e submissão às leis da vida física, como ocorre com todos os seres vivos.

 A incompreensão das finalidades da vida material e o excesso de vaidade têm levado milhões de homens e mulheres, em gerações que se sucedem, ao narcisismo corporal, em detrimento do equilíbrio que deve existir no liame copo-alma.

 De outra parte, por ignorância das leis que presidem à evolução dos seres, numeroso contingente de criaturas humanas, visando a alcançar a felicidade futura, em outra vida, entrega-se a toda sorte de macerações, sacrifícios corporais voluntários e privações, retirando-se do convívio do mundo, evitando as lutas redentoras e isolando-se das dificuldades naturais da vida na procura da salvação egoística da alma, através de meios inadequados.

 Excessos de alimentação, desregramentos lamentáveis da sexualidade, viciações transformadas em hábitos degradantes e prejudiciais à saúde física e mental, tais o uso do fumo, do álcool e das drogas, são flagelos corporais com reflexos no Espírito, venenos agindo lentamente, consentidos ou impostos, inadvertida ou conscientemente.

 Muitos esquecem ou se descuidam dos deveres elementares de higiene pessoal e da limpeza do corpo, dos banhos de água e de sol e do ar puro que equilibram a saúde.

 A natureza traçou ao homem os limites do necessário na manutenção do equilíbrio em tudo o que se relaciona com seu corpo. O instinto, aliado à observação e à inteligência de cada um estabelece as lindes além das quais o indivíduo torna-se responsável pelo excesso, supérfluo e prejudicial.

 Ultrapassando os limites impostos pela natureza, com a preocupação dos gozos exagerados, muitas vezes o homem se coloca em situação inferior à dos irracionais, cujos instintos servem para guiá-los nas necessidades da vida.

 Ocorre ainda, nos mundos moralmente atrasados, como a Terra, um fenômeno que põe à mostra a falta de senso de justiça e solidariedade, ao lado de profundo egoísmo de seus habitantes: a desigualdade de bens, de meios e de oportunidades.

 Enquanto muitos se entregam aos excessos e ao supérfluo, no gozo dos bens destinados à sustentação da vida material, inúmeras coletividades, milhões de indivíduos estão em estado de carência, sujeitos à fome, à falta de água, de medicamentos, de habitação, de transporte, numa triste situação de miséria.

 Esse terrível quadro social espalhado por todas as nações do Globo, m maior ou menor escala, dir-se-ia, foge ao controle individual, para situar-se no plano dos problemas sociais coletivos. Assim é, realmente. O problema ultrapassa o terreno individual para tornar-se responsabilidade de todos.

 Nele vemos claramente a necessidade de solidariedade, da compreensão humana, da caridade, do amor, partindo de cada ser para compor a vontade coletiva.

 Só haverá soluções justas e adequadas quando as sociedades humanas tornarem-se menos egoístas e indiferentes, quando os bem-aquinhoados interessarem-se pelo auxílio aos mais necessitados, proporcionando-lhes os meios de trabalho, de produção e de reeducação capazes de soerguê-los da situação deprimente.

“Nem só de pão vive o homem.”Nesse ensino de Jesus distingue-se perfeitamente os cuidados devidos ao corpo, que não podem ser postergados, mas que não devem ser elevados à condição de sacrificar os deveres perante o Espírito.

 A sabedoria da vida está em conciliar os reclamos de um e de outro, dentro do necessário equilíbrio, não se perdendo de vista que um, transitório, é o instrumento do outro, na sua trajetória eterna.

 A ATIVIDADE do Espírito é incessante e eterna.

 Criado por Deus simples e ignorante, seu destino é agir, obrar, progredir sempre, no estado livre ou ligado à matéria, nos mundos materiais. Toda sua atividade conjuga-se à harmonia da vida e ao progresso universal, de acordo com o estágio evolutivo que ocupe na hierarquia espiritual.

 Quando encarnado, liga-se estreitamente à matéria, adquirindo experiências múltiplas necessárias ao seu progresso.

 A Doutrina Espírita, por convenção, reserva a denominação de alma ao Espírito encarnado.

 O homem é, portanto, um ser dual, composto de corpo e alma. Servindo de intermediário entre o corpo e a alma está o perispírito, invólucro semmaterial'>imaterial do Espírito que o acompanha ao desligar-se do corpo físico.

 Essas são noções básicas elementares da Doutrina dos Espíritos, imprescindíveis ao estudo e a compreensão dos deveres e obrigações das criaturas humanas perante a lei divina.

 Certo é que as revelações dos Espíritos chegaram ao mundo no tempo apropriado a que grande número de seus habitantes pudesse delas tomar conhecimento. Todavia, como advertem os Instrutores espirituais, nem todos estão aptos a compreendê-las integralmente, podendo certas revelações perturbá-los e confundi-los.

 É compreensível que assim seja, já que não é o mesmo o estágio evolutivo moral e intelectual dos seres que habitam nosso Orbe.

 Essa circunstância mostra a sabedoria divina determinando a progressividade das revelações, para que, à medida que o homem evolua, adquira conhecimentos novos, trilhando os mesmos caminhos palmilhados por outros, em épocas diferentes.

 A Doutrina Espírita, resumindo as revelações anteriores, especialmente os ensinos do Cristo interpretados em espírito e conjugando-os a novos conhecimentos, dá ao homem outra dimensão da vida, indicando o verdadeiro alvo a ser atingido. Nem todos estão despertos para renunciar às satisfações puramente materiais, substituindo-as por objetivos mais elevados e de mais difícil conquista.

 É muito grande o número dos espiritualistas, nas diferentes denominações religiosas, incapazes de aceitar a verdade reencarnacionista e, sem ela, fica prejudicado todo o entendimento sobre a necessidade das aquisições morais e sobre as desigualdades individuais, comprometendo a própria noção de justiça, de eqüidade e de misericórdia nas leis de Deus.

 No entanto, à luz dessa velhíssima doutrina das existências múltiplas, ensinada veladamente nos Evangelhos e de forma clara em antigas religiões orientais, as obscuridades desaparecem dando lugar à compreensão de que o progresso é contínuo e que os avanços morais e intelectuais são permanentes, em sucessivas vidas, indicando que os mais adiantados e bem dotados são os que mais viveram, mais trabalharam e mais aproveitaram.

 Mostrando o fatalismo da lei divina, regendo a tudo, no campo material e no espiritual, depara-se a alma, ao mesmo tempo, com a liberdade de ação espiritual. Daí surge o admirável equilíbrio dos termos da lei natural, na coexistência do determinismo divino com a contingência do livre-arbítrio, de que resulta a responsabilidade individual.

 Usando a liberdade, nem todas as criaturas avançam no mesmo ritmo e assim fica explicada a desigualdade entre os homens. Mas a todos será sempre possível transpor as diferenças existentes, desde que haja aplicação, trabalho, esforço, responsabilidade, contando com muitas oportunidades para tanto, em sucessivas vidas.

 Que de mais justo e dor'>consolador poder-se-ia aspirar?

 Filhos do mesmo Pai generoso, percorrendo idênticos caminhos de obstáculos e dificuldades, na busca da perfeição e da felicidade, todos são livres na escolha, mas responsáveis pela opção. Ninguém privilegiado nem esquecido. Cada um conquistando seus próprios méritos.

 Cuidar da alma, a eterna caminhante, é conseqüência natural decorrente da aceitação da abençoada Doutrina dos Espíritos.

 Sabedores de que nos rege sempre uma lei imutável, soberana e justa, nossa conclusão lógica é a de que as injustiças que nos atingem são apenas aparentes e provisórias, uma vez que todo efeito tem uma causa, sendo nossa vida atual, com os dissabores, sofrimentos e constrangimentos, a resultante de nossas próprias ações e omissões.

 Nosso corpo, instrumento para a travessia da vida de reencarnado, o meio e a posição social, os recursos materiais e intelectuais, tudo é resultante do que fizemos ou deixamos de fazer no passado próximo ou remoto.

 Preparamos o futuro construindo nosso ser moral, muitas vezes escolhendo o ambiente do renascimento na carne.

 Nossa alma é um universo de sombras e claridades. Seu destino é a perfeição. Enquanto imperfeita jaz inquieta, errado e acertando.Abraçando uma diretriz luminosa, sua busca transforma-se em luta para suplantar as sombras.

 O espírita consciente e sincero torna-se um lutador tenaz contra sua próprias sombras, que se projetam além de sua personalidade, sob as formas de egoísmo, vaidade, inveja, ciúme, ambições desmedidas.

 Reverter esse quadro é obra para muitas existências. A prática da caridade, a conquista da humildade, a compreensão ampla de nossos semelhantes, a aceitação das situações irreversíveis, o serviço constante no bem, eis a programação da reforma e do renascimento interior, através da qual são resgatadas as culpas e desfeitas as cadeias que prendem o ser às imperfeições morais.

 O desenvolvimento e a duração dessa transformação é variável.Depende da aplicação de cada um, da capacidade para a renúncia e o sacrifício.

 A dor, física ou moral, funciona como poderoso agente retificador.

 As provações são meios utilizados pela Lei no despertamento das criaturas para o amor, substituindo as paixões.

 O conhecimento espírita auxilia extraordinariamente a identificação das causas dos sofrimentos, levando a alma a aceitá-los com paciência e resignação, sem a revolta e a rebeldia própria dos que renegam a justiça das leis de Deus, por ignorância.

 Para avaliar a felicidade, mesmo relativa, é necessário saber seu custo. Assim como o alívio de uma dor física pode custar a cirurgia de um órgão doente, a cessação de um mal moral depende do sacrifício capaz de erradicar do nosso organismo psíquico sua causa de natureza espiritual.

 Se não somos capazes de seguir a estrada certa do bem, preferindo opções erradas, a Providência deixa-nos colher as conseqüentes decepções, correspondendo a experiências válidas em novas oportunidades que se apresentarem.

 Felizes aqueles que aproveitam seus reveses, fazendo deles alavancas para novas arrancadas.

 Não devemos nos impacientar diante das inúmeras dificuldades que muitas vezes se opõem ao nosso desejo de progredir rapidamente. Somos ainda criaturas imperfeitas, incapazes de avaliar toda a extensão das leis divinas que nos regem. Precisamos de paciência para nós mesmos, evitando o engano de aspirar aos resultados imediatos espetaculares. Para que as aquisições morais sejam consideradas definitivas, a criatura é submetida pela Providência a repetidos testes de comprovação, em circunstâncias diversas.

 Não basta a aceitação do bem em teoria. É necessário sua realização na experiência vivida.


 Revista “Reformador” - setembro 1987-Editorial

Juvanir Borges de Souza