quarta-feira, 18 de maio de 2022

NÃO SE DESPEDACE...

 


Não se despedace para manter os outros inteiros


Por MELHOR COM SAÚDE 17/12/2015




Embora não seja ruim se entregar pelos outros, temos que nos assegurar de que este ato é recíproco e, devemos aprender a não nos sentirmos mal quando não podemos atender às suas necessidades.

Quantas vezes você já se partiu em pedaços pelos outros? É muito comum, especialmente entre nós mulheres. Queremos cumprir de qualquer maneira todas as necessidades dos outros para proporcionar bem-estar e felicidade.

Tudo isso nos dá nobreza, especialmente porque o fazemos por livre-arbítrio e é assim que nós entendemos que é o amor, o que é amar nossos parceiros, filhos ou amigos. E, além disso, nós não esperamos nada em troca.

Agora… Você é uma daquelas que realmente pensa que não merece nada em troca por seus esforços diários? Hoje, em nosso espaço nós convidamos você a reflectir sobre isso.


Quando o nosso coração é quebrado em pedaços pelos outros, caímos em pedaços quase todos os dias, e não percebemos. Chega um momento em que, quem faz isso ao longo de sua vida, está consciente das graves carências que o seu coração sofre.

Para ter uma ideia do que significa “nos despedaçarmos”, deixemos de lado a parte simbólica para entender ilustrativamente:
Quando priorizamos os desejos de nosso parceiro por sobre os nossos. Isso é algo que podemos fazer uma, duas, três vezes, mas o que acontece quando a outra pessoa tem certeza que vamos sempre fazer?


Quando algum familiar usa chantagem emocional ou vitimização para receber ajuda constante, fazer-lhes favores e tarefas.
Quando nos deixamos levar por essas amizades tóxicas, por vezes, acostumadas a contar seus sofrimentos diários sem se preocuparem, em nenhum momento, em saber como estamos ou o que pensamos e sentimos.
Retardar a cada dia o que gostamos de fazer, porque os outros sempre têm precedência.



Você vê que é muito complicado de reconhecer? Porque… Como dizer a nós mesmos que vamos parar de cuidar das outras pessoas para fazer o que nós gostamos? A chave é o equilíbrio.

Se não priorizarmos apenas um dia, mas um mês após outro, vai chegar um momento em que perderemos a nossa identidade. A essência que nos define em nossos gostos, paixões, sonhos e auto-estima.
Você tem o direito de esperar reciprocidade
Não se despedace para manter os outros inteiros



Algumas pessoas têm uma ideia errada do que são os relacionamentos afectivos, incluindo a amizade. Todo relacionamento não é somente uma iteração, é uma troca afectiva e satisfatória, onde ambas as partes oferecem afectos, informação e energias por igual.
Qualquer relacionamento que se baseia em uma direcção, no “eu dou, eu atendo, eu me importo, eu me ofereço…” acaba ferido e muito carente.



Nós, seres humanos, como seres sociais e emocionais, precisamos ser reconhecidos como pessoas que devem receber todo tipo de atenção e afectos. O reconhecimento nos posiciona no mundo, e isso é algo que precisamos, crianças e adultos…
É comum que, quando amamos alguém, nem se quer pensemos duas vezes em dar tudo à outra pessoa.
É o que a psicologia popular entende por síndrome de Wendy, em que uma das partes implicadas deixa de viver pela outra pessoa procurando sua felicidade, deixando de lado a sua própria auto-estima.


O direito à reciprocidade: ninguém é egoísta por esperar algo em troca

Não se engane: esperamos que os outros também nos levem em conta não é ser egoísta. A reciprocidade é a base das relações sociais e, como tal, nós devemos praticá-la e, por sua vez, recebê-la.


A reciprocidade é dar e oferecer, é reconhecer e ser reconhecido
A reciprocidade é ter o direito de dizer “não posso”, “agora não é possível” ou “não desejo fazer,” porque sabemos que a outra pessoa nos entende e entende que nem sempre vamos estar disponíveis e que nós temos necessidades próprias.


Você tem o direito de recusar, de dizer não. E nem por isso você não é uma pessoa má ou egoísta. Ninguém tem o direito de se sentir ofendido, porque não entendem que você também precisa de seu espaço pessoal, onde ser você mesma; se for assim é porque que não levam você em consideração.
Se formos cedendo todos os dias em todos estes aspectos, vai chegar um momento em que nos sentiremos frustradas. A frustração leva à insatisfação e a insatisfação à infelicidade.

No momento em que somos conscientes desta infelicidade, corremos o risco de ter depressão. Se você não tiver esse equilíbrio interior, aquele bem estar que nos dá força e integridade, será muito difícil continuar respeitando os outros. Continuar oferecendo felicidade .

Lembre-se sempre que para dar o melhor de nós mesmos precisamos estar bem. E para estar bem, nós precisamos ser reconhecidos como pessoas, que nos respeitem e que nos consideram.

Ninguém é egoísta por si só. Isso se chama integridade, se chama amar a si mesmo, algo que deveríamos cultivar todos os dias de nossas vidas.







Sem comentários:

Enviar um comentário