domingo, 11 de julho de 2021

APATIA

 

Olhando só para o chão, percebeu apenas o movimento das sombras sem cor.Sem coragem de olhar para o céu, deixou de ver o voo azul das borboletas.”

Apatia é doença da alma.

Congela a vontade, paralisa os movimentos, faz-nos estátuas vivas.

Vivos-mortos que perdem o sentido de viver, que cedem ao automatismo dos dias, que adquirem visão monocromática de tudo e de todos.

Indiferença. Os apáticos sofrem do vício da indiferença.

Acostumaram-se com as notícias ruins, as desgraças, os flagelos destruidores, e tais fatos nem mais lhes tocam o coração. Não são capazes nem de enviar bons pensamentos às vítimas.

Uma prece? Não. Prece é coisa de religioso fanático. – Dizem ou pensam.

Acostumaram-se com o jeitinho, esquecendo que tal maneira de negociar ou resolver as questões é apenas corrupção disfarçada.

Acostumaram-se com as lágrimas dos outros e elas não mais os emocionam. Foram obrigados a represar suas emoções. Expressar emoções é para os fracos. – Cochicham.

Acostumaram-se com o mal… inacreditavelmente.

Acostumamo-nos a olhar mais para o chão do que para o céu, esta é a verdade, e depois de um tempo nem achamos o chão tão ruim assim…

Isso é gravíssimo, pois se perde a referência de algo melhor, de algo maior, e todos precisamos mirar alto para poder crescer.

A apatia nos aprisionou em estruturas de pensamentos absurdas, nos aprisionou à falta de emoções e em comportamentos robóticos insensíveis.

Ela nos fez pensar que não somos capazes de mudar nada, que tudo sempre foi assim, que a Humanidade não tem jeito e que nosso futuro é desesperador.

O apático é alguém que perde a batalha antes mesmo de enfrentá-la.

Elimina do teu vocabulário as frases pessimistas habituais, substituindo-as por equivalentes ideais.

Não digas: “Não posso”; “Não suporto mais”; “Desisto”.

Faze uma mudança de paisagem mental e corrige-a por outras: “Tudo posso, quando quero”; “Suporto tudo quanto é para o meu bem” e “Prosseguirei ao preço do sacrifício, para a vitória que persigo”.

A apatia é doença da alma, que a todos cumpre combater com as melhores disposições.

Na luta competitiva da vida terrestre, não há lugar para o apático.  Receando o labor bendito ou dele fugindo, mediante mecanismos de evasão inconsciente, a criatura se deixa envenenar pela psicosfera mórbida da autopiedade, procurando inspirar compaixão antes que despertar e motivar amor.

Reage com vigor à urdidura da apatia, do desinteresse.

Ora e vence o adversário sutil, que em ti procura alojamento, utilizando-se de justificativas falsas.

A lei do trabalho é impositivo das leis naturais que promovem o progresso e fomentam a vida.

Não é por outra razão que a tradição evangélica nos informa: “Ajuda-te e o céu te ajudará”,conclamando-nos à luta contra a apatia e os seus sequazes, que se fazem conhecidos como desencanto, depressão, cansaço e equivalentes.

Redação do Momento Espírita, com base no poema Apatia,
 de Adélia Maria Woellner, e no cap. 35, do livro Alerta,
 pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de
 Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
 Em 21.7.2015.





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