Olhando só para o chão, percebeu apenas o movimento das sombras sem cor.Sem coragem de olhar para o céu, deixou de ver o voo azul das borboletas.”
Apatia é doença da alma.
Congela a vontade, paralisa os movimentos, faz-nos estátuas vivas.
Vivos-mortos que perdem o sentido de viver, que cedem ao automatismo dos dias, que adquirem visão monocromática de tudo e de todos.
Indiferença. Os apáticos sofrem do vício da indiferença.
Acostumaram-se com as notícias ruins, as desgraças, os flagelos destruidores, e tais fatos nem mais lhes tocam o coração. Não são capazes nem de enviar bons pensamentos às vítimas.
Uma prece? Não. Prece é coisa de religioso fanático. – Dizem ou pensam.
Acostumaram-se com o jeitinho, esquecendo que tal maneira de negociar ou resolver as questões é apenas corrupção disfarçada.
Acostumaram-se com as lágrimas dos outros e elas não mais os emocionam. Foram obrigados a represar suas emoções. Expressar emoções é para os fracos. – Cochicham.
Acostumaram-se com o mal… inacreditavelmente.
Acostumamo-nos a olhar mais para o chão do que para o céu, esta é a verdade, e depois de um tempo nem achamos o chão tão ruim assim…
Isso é gravíssimo, pois se perde a referência de algo melhor, de algo maior, e todos precisamos mirar alto para poder crescer.
A apatia nos aprisionou em estruturas de pensamentos absurdas, nos aprisionou à falta de emoções e em comportamentos robóticos insensíveis.
Ela nos fez pensar que não somos capazes de mudar nada, que tudo sempre foi assim, que a Humanidade não tem jeito e que nosso futuro é desesperador.
O apático é alguém que perde a batalha antes mesmo de enfrentá-la.
Elimina do teu vocabulário as frases pessimistas habituais, substituindo-as por equivalentes ideais.
Não digas: “Não posso”; “Não suporto mais”; “Desisto”.
Faze uma mudança de paisagem mental e corrige-a por outras: “Tudo posso, quando quero”; “Suporto tudo quanto é para o meu bem” e “Prosseguirei ao preço do sacrifício, para a vitória que persigo”.
A apatia é doença da alma, que a todos cumpre combater com as melhores disposições.
Na luta competitiva da vida terrestre, não há lugar para o apático. Receando o labor bendito ou dele fugindo, mediante mecanismos de evasão inconsciente, a criatura se deixa envenenar pela psicosfera mórbida da autopiedade, procurando inspirar compaixão antes que despertar e motivar amor.
Reage com vigor à urdidura da apatia, do desinteresse.
Ora e vence o adversário sutil, que em ti procura alojamento, utilizando-se de justificativas falsas.
A lei do trabalho é impositivo das leis naturais que promovem o progresso e fomentam a vida.
Não é por outra razão que a tradição evangélica nos informa: “Ajuda-te e o céu te ajudará”,conclamando-nos à luta contra a apatia e os seus sequazes, que se fazem conhecidos como desencanto, depressão, cansaço e equivalentes.
Redação do Momento Espírita, com base no poema Apatia,
de Adélia Maria Woellner, e no cap. 35, do livro Alerta,
pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de
Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL.
Em 21.7.2015.
Sem comentários:
Enviar um comentário