quarta-feira, 26 de janeiro de 2022

PROMESSAS MATRIMONIAIS

 

No ato do consórcio matrimonial, os cônjuges realizam algumas promessas.

Prometem amar e respeitar um ao outro, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe.

Estranhamente, muitas vezes os votos formulados são esquecidos em pouco tempo.

Esposos se antagonizam. Criam dificuldades um para o outro. E o que começa como um lindo sonho de amor, em muitos casos acaba com um desfazer da aliança, em meio a muita mágoa.

Onde ficam as promessas do casamento? Onde o amor eterno jurado tantas vezes, durante o namoro?

Talvez se devesse pensar em algumas promessas diferentes para o momento em que as pessoas se decidam casar.

Perguntas que levem a reflexões. Ou que digam, de forma mais explícita, o que é amar e respeitar um ao outro.

Eis algumas delas:

Promete não desejar assumir o controle da vida do outro? Promete ter em mente que ele é um ser que, antes de conhecer você, fazia parte de uma família, tinha amigos e ideais?

Promete respeitar os seus gostos musicais, mesmo que você não aprecie o tipo de música de que a pessoa gosta?

Afinal, vocês poderão fazer um acordo de forma a que cada um ouça, em determinado tempo, e em volume condizente, a música que aprecie.

Promete acompanhar seu par quando este desejar ir ao cinema, ao teatro ou à praia?

Pode ser que você prefira o futebol, a conversa com os amigos. Mas sempre há possibilidade de se dialogar e estabelecer um momento para cada coisa, sem que nada fique esquecido ou desprezado.

Você promete ser paciente quando encontrar a toalha de banho molhada sobre a cama e pedirá outra vez e uma vez mais para que o fato não se repita?

Você promete que deixará seu par dirigir o automóvel, sem ficar a todo instante dizendo que engatou a marcha errada, que deve andar mais rápido, que agora deve ir mais devagar, que não sabe dirigir?

Promete que, mesmo que a comida não seja a melhor do mundo, agradecerá pelo prato que foi feito?

Você promete não esbravejar quando as contas se acumularem no final do mês, embora ambos tenham feito o possível para apertar o cinto, diminuir as despesas?

Você promete que não esquecerá de dizer Eu amo você? E também Você é importante em minha vida?

Você promete que não descuidará de si, simplesmente porque casou? Que continuará a usar perfume, pentear o cabelo, preparar-se para o outro, exatamente como nos dias do namoro?

Você promete que não deixará o amor esfriar, a paixão ir embora?

Você promete que não contará todos os dias as rugas que forem marcando o rosto do outro?

Nem fará comentários desagradáveis com seus amigos sobre as dificuldades do seu par?

Você promete que, ao menos no dia do aniversário de casamento, tentará surpreender o outro com um delicioso café na cama?

Você promete ser eterno namorado, mesmo que não haja lua no céu, nem estrelas a brilhar?

Com chuva, frio ou tempestade, ficará com seu par?

Enfim, você promete que vai se esforçar para cumprir todas essas promessas?

Se a tudo isso, um ao outro disser sim, então, com certeza, o casamento durará muito tempo, porque ambos não serão somente marido e mulher.

Serão duas pessoas maduras, cientes de que ambos têm defeitos. Também virtudes.

E cada dia, um no outro buscará descobrir a virtude ainda não desvelada.

Um ao outro incentivará naquilo em que ainda não é tão bom. E um ao outro pedirá Por favor, me ajude, quando precisar.

E dirá Obrigado, toda vez que receber uma dádiva, um carinho, uma atenção.

Quem quer que adentre o barco matrimonial e não deseje ceder vez ou outra, entender e auxiliar, dificilmente chegará ao porto da felicidade.

Pense nisso!

 Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 11 e no
livro Momento Espírita, v. 7, ed. FEP.







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