Sem amigos na escola, o menino Roman Povey, de onze anos, nunca quis comemorar seu aniversário e sempre passou a data sozinho.
Sua mãe, utilizando-se de uma comunidade social na internet, fez um desabafo, contando as dificuldades dela e do garoto.
Ela relata que o filho chora todas as noites por não ter amigos, além de só ter sido convidado uma única vez para uma festa de aniversário de colegas de sua escola em Devon, na Inglaterra, onde residem.
Além de ficar com o coração partido pela tristeza do filho, a mãe contou que Roman tem dificuldade em fazer amigos e em ser aceito, devido a um problema de comunicação:
Ele teve atraso na fala, e quando as crianças vêm conversar, ele não acompanha e se sente mal. –Afirma ela.
Ainda, na postagem, a mãe pedia que os conhecidos enviassem cartões de felicitações pelo aniversário do filho.
Segundo o jornal britânico Daily Mail, o post se tornou um viral, e o menino recebeu mais de quatrocentas cartas de todo o mundo, com felicitações.
Pessoas de Uganda, Dubai, Dinamarca, Áustria, Egito, Nova Zelândia, Alemanha, Noruega, entre outros.
A compaixão de todas essas pessoas foi muito inspiradora. Declarou a mãe ao jornal.
Após o sucesso da mensagem, quando chegou na escola, Roman foi cercado por várias crianças, que o parabenizaram. Segundo a mãe, ele chorou muito.
Ele disse que estava chorando de felicidade. – Contou ela.
Além disso, a mãe resolveu organizar uma festa surpresa para o filho.
Roman teve uma surpresa incrível nesta noite. Muito obrigada às cinquenta e cinco pessoas que guardaram segredo e participaram de uma memória inesquecível para o meu filho. – Postou a mãe na rede social.
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Nunca se utilizou tanto este termo no mundo: inclusão, ou inclusão social.
Em alguns países, isso é uma questão mais bem resolvida, em outros ainda não.
Desejamos, porém, ir mais fundo do que apenas na questão da inserção de todas as pessoas, sem discriminação qualquer, no ensino regular das escolas ou na sociedade como um todo.
Precisamos falar da inclusão no coração, isto é, do sentimento por trás dela, pois de nada adianta isso estar na lei, se não estiver também no coração, na consciência de cada um.
A ideia de inclusão precisa estar na educação de todos nós, desde o berço.
A lei de igualdade, lei divina, diz que todos temos os mesmos direitos perante a vida. Trazemos sim, cada um, necessidades especiais, características únicas, que nos diferenciam uns dos outros, mas isso não nos torna, jamais, mais ou menos merecedores de direitos.
Ainda iremos descobrir, quando estivermos devidamente maduros como humanidade, que não foi a lei do mais forte, ou a seleção natural, que nos fez chegar onde estamos, que nos fez ser mais sábios e melhores.
Chegará o dia em que entenderemos que a única força que é capaz de proporcionar a verdadeira evolução é a da fraternidade, do compartilhar conhecimento e felicidade.
É a lei do amor que nos rege acima de todas as outras.
Incluir é ter no coração este sentimento de que todos somos irmãos, que estamos todos no mesmo barco, e de que estamos aqui não para competir uns com os outros, mas para nos ajudarmos.
“O melhor não será aquele que chegar primeiro, mas sim aquele que chegar trazendo o maior número de outros em seu abraço.”
Redação do Momento Espírita, com base em
reportagem do site UOL, em 29.4.2015.
Em 25.6.2015.