No dia 14 Novembro de 2016 a RTP,
apresentou a 1ªparte, de Humanos, passado, às 11h30m...sendo a 2ª parte exibida
a 21 Novembro e a última parte a 29 Novembro de 2016.
O documentário dá para pensar, e, é
triste saber que tanta gente chamada de refugiado está a passar.
Relatos de refugiados…mulheres
violadas…crianças a viver na rua…amor…stress pós guerra…maus tratos…fome, muita
fome…
Ouvi muitos desabafos … alguns,
ficaram na cabeça… estes foram, os que mais me incomodaram…
Uma criança dizia: - “… ser refugiado
é ter fome, e, não ter nada”…
Um adulto dizia: - “… quando se mata,
há vontade de voltar a fazer”…
Um
adolescente dizia: - “ eu tenho uma missão aqui no planeta, só que ainda não
sei qual é”…
25 anos a viverem num campo de
refugiados, em tendas, sem poderem sair dali, sem poderem trabalhar, sem
documentos, muitos já nasceram ali, nunca conheceram outra coisa, presos ali
mesmo, onde falta tudo, desde a água à alimentação…
Que estamos a fazer, ao nosso
semelhante? Os nossos animais de estimação, são mais bem tratados…
Eles são gente… têm sentimentos, têm
família como nós… alguns…
A 2ª parte do documentário, não foi
mais leve, pelo contrário, bastante pesado, para a hora que foi dado, mas
realmente não podia ser dado a outra hora… ou será que podia ser dado a uma
hora, que todos ficassem a saber o que se passa realmente no Mundo…a Realidade
nua e crua…
Dei comigo durante a noite a pensar
nos comentários das pessoas que sofrem… e, se revoltam, contra o Mundo, porque
acham que nos esquecemos deles, toleramos e, ignoramos o que se está a passar…estamos
nas nossas vidinhas e, dizemos: - que podemos fazer?
Deve haver algo que se possa fazer…
ou vamo-nos arrepender amargamente por consentirmos que isto seja permitido…a
revolta é muita…
“…porque é tão difícil, nós Humanos
nos entendermos?”
Uma mãe dizia para os filhos: -“ … se
Deus quiser, e correr tudo bem, no sábado compro, um copo de leite, ou um pão …
mas, nunca consigo, é difícil sobreviver…”
Uma mulher do Bangladesh: -“…
passamos tanta fome que nos vemos obrigados, a procurar nas tocas dos ratos,
bagos de arroz… vamos juntando, e quando temos um saquinho, cozinhamos…se num
dia comemos, no outro já não há, o que comer”…
Um refugiado do Afeganistão dizia: -
“ … deixem-me Viver… querem que eu volte para o Afeganistão…mas lá agora é um
matadouro…perdi toda a família… não tenho ninguém… estou aqui, preso na Selva,
não quero nada vosso …só quero viver, deixem-me viver”…
Um político diferente que passou
grande parte da sua vida preso, por pensar de outra maneira dizia: -“ estamos a
consumir cada vez mais… e compramos com o tempo de vida que nós temos… sim,
porque para ganharmos dinheiro, estamos a gastar a nossa vida, para o
conseguir… mas, a vida é a única coisa que não se compra…estamos a produzir uma
montanha de coisas supérfluas… e queremos ter tudo…
Uma mulher da Índia ralhou tanto com
o Mundo, que engoli em seco, fazendo-me sentir culpada…
Qual é a mãe, aqui no ocidente, que
não tem um copo de leite e um pão, para oferecer aos seus filhos?
Será que somos mesmo Humanos? Somos
Humanos para deixar acontecer tanta coisa no Mundo? Tanta gente sem o básico
…água… um bem da Mãe Natureza… mas, onde está ela? Pessoas, crianças, que têm
que andar quilómetros para ter alguma água, para matar as suas necessidades…
A 3ª e última parte, foi dedicada á
Religião, á Corrupção e á pena de Morte.
“Todas as Religiões são verdadeiras”,
esta, uma das muitas frases que me ficou. Não há respeito pela religião de cada
um, são marginalizados, mortos.
A Corrupção no Mundo é tanta que
aflige…não há segurança nenhuma, passa-se por cima de tudo e de todos…há sempre
dinheiro envolvido, para encobrir os crimes…
Ainda existe Pena de Morte em vários
locais do Mundo…quem somos nós para julgar o outro?...”quem nunca pecou, que
atire a 1ª pedra”…diz o Evangelho…
Houve comentários de pessoas
condenados á prisão Perpétua… pessoas que cometeram crimes com 15, 17 anos, e,
estão condenados a viver a vida atrás das grades…pessoas que sabem que fizeram
mal, mas que também sabem, que já não são, essas mesmas pessoas, porque os anos
passaram, a solidão, as necessidades, os fizeram pensar e, perguntam: porque
não lhes foi dado uma oportunidade de vida?
O comentário foi encerrado por
alguém, na minha opinião, com muita paz, com uma doçura no olhar, muita
humildade…ela se acha um grão de poeira, neste grão de areia e quer fazer parte
de nós… assim seja…
Estamos a começar um Novo Ano, e, há
sempre maneira de voltar, a fazer, as coisas, de maneira diferente…pensemos
nisso…
Com mais paciência, tolerância,
compreensão, humildade, Amor…muito Amor e aceitação … Paz…
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