- Como está? Está Bonzinho?
E olhe lá, o seu paizinho, Como
passa? Ele está bom?
Este falar tão corrente, na boca de
toda a gente anda aí sem tom nem som.
E eu suponho, e com razão que há aqui
grande aleijão, porque aquilo de estar bom ainda que mal pareça, não tem pés
nem tem cabeça nem sequer nota bom tom.
Quando se saúda alguém
Pergunte-se-lhe: -Está bem? (
contrário de mal) Está bom pressupõe estar, ser mau, ter entranhas de lacrau, e
isso não é de bom tom.
Passa a mais, isto arrelia, porque,
enfim, é todo o dia: - Você como está, está bom?
Ora, pois, Deus nos acuda e sempre
nos dê ajuda.
Pax nobis … kirieleison.
Prof. A. de Faria Artur
In « Barbarismos da Linguagem»
Lisboa 1943
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