Hoje é dia int. da não violência
“Dizemos que
vivemos num mundo violento e parece que, por uma vez, conseguimos o pleno da
unanimidade.
Para
elucidar a violência do nosso mundo usamos como exemplos os assaltos, os
roubos, os homicidas. Não falamos muito da guerra, porque, para nós, aqui
plantados num cantinho meridional e solarengo, a guerra é sempre algures, longe
de mais, na maioria dos casos, para nos comover para lá daquilo que é
socialmente desejável. Mais recentemente, o tema da violência desceu sobre nós
em duas frentes: o terrorismo e a violência doméstica.
O
terrorismo, pelos atentados com milhares de mortos e feridos. A violência
doméstica, provavelmente pela enorme correlação que vai tendo com os ditos
homicídios e também com múltiplas situações de agressão física……
Não se
percebe bem porquê, mas dividimos a violência em física e psicológica, como se
a primeira fosse mais importante do que a segunda e os processos que medeiam o
medo e a inibição que o terrorismo ou a violência doméstica provocam não fossem
da ordem do íntimo……
Toda a
violência é por definição psicológica. Toda a violência, para ser sentida e
reconhecida como tal, é preciso que suscite em cada um de nós a resposta mais
arcaica de todas em termos de evolução emocional: o medo….
A violência
alimenta-se do medo e o medo é mais contagioso do que a peste. Pelo que,
provavelmente, estaremos a falar de uma questão de saúde pública.”
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